Arte de Buava

A poesia como libertação

Me desafiaram a escrever sobre a poesia moderna.
Mas, primeiro, o que seria escrever sobre poesia?
Muitos pensam que ela foca na estilística.
Mas, isso que a define.
A poesia vai muito além da rima!

 

Tudo e mais um pouco. É isso que a poesia moderna é. Depois da Semana de Arte
Moderna de 1922, a expressão através de textos líricos ganhou uma nova forma de,
é isso mesmo, liberdade de escrita. Se antes a poesia era posta dentro de um
padrão, depois da semana de 22 ela ganhou uma nova cara, uma cara mais
parecida com a do povo brasileiro.
Alguns trechos de poemas mais conhecidos são os de Manuel Bandeira, como:

Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.”

e, também, de Oswald de Andrade:

Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá.”

Pode-se observar na escrita moderna a quebra de um padrão que era esperado da poesia academicista, tendo a inspiração nas vanguardas europeias criado poemas diversos que contribuíram com a identidade cultural brasileira. Agora, não se pode falar sobre o tema sem lembrar de Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade e de outros nomes super importantes para o movimento modernista.

O objetivo desse texto não se restringe a descrever como se deu o modernismo, ou como ocorreu. Mas sim, dizer para vocês o quanto essa semana foi importante para que hoje se possa escrever “rosas são vermelhas/ violetas são azuis”, e dar o toque especial no final, com rima ou sem, mas que é, de qualquer forma: poesia.

Poesia é mergulhar
E não ter medo de sair da água
Com algumas manchas e arranhões e traumas que,
Mostram você como sendo você,
Não carne e ossos,
Mas você,
Sentimental, pensativo, um corpo que perambula
E volta para contar mais uma história.

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