Arte feita por Guilherme Israel

Indicações audiovisuais

Indicação de filmes, séries e novelas nacionais dentro e fora do mainstream

A Semana da Arte Moderna de 1922 também está sendo representada nas artes das Mídias Audiovisuais, como: novelas, séries, filmes, podcasts e todo e qualquer vídeo para internet e redes sociais.

 

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NOVELAS

Novelas fizeram marcos históricos nessa última década, apenas pelo fato de entenderem o que o público quer – é se enxergar nas cenas televisivas. As novelas mais assistidas do país foram: A Força do Querer – Globo (2017), Jesus – Record (2018), As aventuras de Poliana – SBT (2018), Amor de Mãe – Globo (2019), Gênesis – Record (2021), Pantanal – Globo (2022).

Na Rede Globo, novelas como A Força do Querer fazem representatividade na vida da maior parte dos brasileiros, por trazer a criminalidade e o empoderamento feminino dentro das comunidades, fazendo, assim, com que a população se enxergue dentro da televisão.

Já as novelas da Record TV invadem o emocional do público quando veem sua representação religiosa dentro das telinhas do público também grande quando se trata de ´Deus` no centro de tudo – ou teocentrismo.

O SBT traz a romantização infantil na maioria de suas novelas, fazendo com que não apenas crianças, mas também adultos assistam para rirem, descontraírem e relaxarem na frente das telinhas, as pessoas gostam de telenovelas infantis porque elas suprimirem suas expectativas do mundo real que pode ser cruel demais.

 

SÉRIE

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Já nas séries mais vistas nesses últimos anos, temos:

Irmandade – Netflix (2019)

Essa série é do gênero Crime e contém 2 temporadas. Fala sobre a advogada Cristina que recebe a arriscada tarefa de se infiltrar na gangue de seu irmão e ser uma informante da polícia. Aos poucos, a moça entra em uma teia de violência e traições que testa todos os seus limites. A série tem gerado muita repercussão desde seu lançamento, apesar de trazer vivências da década de 90 em São Paulo, continua tão atual como nunca, trazendo à tona toda a rivalidade do crime x polícia, mostrando que independentemente do amor de familiares e amigos, nada mais atrativo que toda a adrenalina para ambos os lados.

Seguindo essa linha de séries de crimes reais, temos Rota 66 – a polícia que mata, do Globoplay (2022), uma séria que é baseada no livro do jornalista, repórter e escritor, Caco Barcellos, que escreveu o mesmo durante os anos de 1972 e 1992, quando foi publicado, o jornalista levou esses 20 anos ´pós` Ditadura militar para coletar dados sobre os pouco mais de 4 mil homens inocentes em sua maioria pretos e adolescentes que morreram nas mãos da polícia de São Paulo na época. Foi aonde a Globo decidiu recriar os momentos vivido pelo escritor e pelos milhares de familiares que perderam seus, pais, maridos, irmãos e filhos, lembrando a população o porquê de o estado encobrir esses policiais que matavam sem motivos aparentes e revelando para a atual geração que essa luta contra o poder público é bem antiga.

 

Sintonia – Netflix (2019)

Uma série aonde Doni, Nando e Rita foram criados juntos na periferia de São Paulo rodeados por funk, drogas, violência e religião. Eles seguem caminhos totalmente diferentes, mas sempre buscam ajuda um no outro. Os roteiristas trazem a realidade do jovem que cresce nas periferias da cidade e o provável rumo que suas vidas estão destinadas a tomar, fazendo assim com que inúmeros jovens periféricos do país se identificam e comparam suas ´quebradas` no mesmo cenário da série.

 

Bom dia, Verônica – Netflix (2020)

Verônica, uma escrivã de polícia que foi impactada pela morte de uma mulher, resolve fazer justiça do seu jeito e acaba descobrindo um esquema gigante de crimes sexuais e tráfico de pessoas. A série é uma adaptação do livro homônimo, dos autores Raphael Montes e Ilana Casoy, que conta a história de Verônica Torres, uma escrivã da Delegacia de Homicídios de São Paulo que, após presenciar um suicídio, passa a usar sua habilidade investigativa para ajudar mulheres desconhecidas. Apesar da série ser policial não é sobre ficção, ela faz críticas e alertas sobre situações que estão ao nosso redor envolvendo o abuso físico, sexual e psicológico de mulheres de todo o Brasil.

 

Cidade Invisível – Netflix (2021)

Após uma tragédia familiar, um homem descobre criaturas folclóricas vivendo entre os humanos e logo se dá conta de que elas são a resposta para seu passado misterioso. Traz também ao povo brasileiro as lembranças de quando estavam conhecendo os nossos personagens folclóricos e reavivando a esperança de que eles podem sim existir e todos em nosso meio, vivendo como pessoas comuns e mortais.

 

Aruanas – Globoplay (2019)

É um drama em que três amigas líderes de uma ONG investigam uma quadrilha de crimes ambientais na Amazônia, que envolve uma grande mineradora. Na luta pela preservação do meio ambiente, elas precisam desvendar uma teia de segredos enquanto lidam com dramas pessoais. É uma série que provoca a reflexão sobre um dos temas mais relevantes da atualidade: a luta pela preservação do meio ambiente.

 

Manhãs de Setembro – Amazon Prime Vídeo (2021)

A jornada de Cassandra, uma mulher trans que deixou sua cidade natal determinada a ser livre e viver com independência, mas é confrontada por um filho que teve no passado. Nada como uma série sobre inclusão de gêneros, aonde a personagem principal é uma mulher trans vivendo livre e independente, trabalhando como uma moto girl que apresenta covers da cantora Vanusa (1947-2020) em uma boate. O Brasil é um dos países que mais mata pessoas trans no mundo. Ou seja, se há um alto número de mortes, há também um forte índice de ações e comportamentos transfóbicos no dia a dia. Esse preconceito no cotidiano e nos respectivos relacionamentos é muito bem trabalhado em Manhãs de Setembro. Liniker interpreta uma personagem que é muito segura de si. Uma mulher resiliente que, como ela mesmo afirma numa conversa com a personagem interpretada por Linn da Quebrada, representa o que elas precisam ser: essas mulheres fortes e duronas. A canção “Manhãs de Setembro” fala sobre uma figura resiliente, que se isola e se recolhe na tristeza, enquanto o sol da primavera, de uma manhã de setembro, ainda não chega. “E o Sol, nas manhãs de setembro…” já cantava Vanusa, e de uma maneira muito poética e honrosa, na última cena, a série termina com um plano de Cassandra na contra-luz, de um belíssimo pôr do sol, mostrando que há esperança. Sempre há.

 

Manhãs de Setembro é um retrato real, visceral e poético de muitas jornadas e relacionamentos. É também uma poesia que mostra como a vida nos atravessa e surpreende, até quando achamos que temos todas as certezas na mão.

 

FILMES

Os longas e curtas metragens, cinematográficos ou não, são representados pelos gêneros mais vistos no país, comédia e animação aparecem liderando o ranking que ainda inclui documentário, drama e terror.

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COMÉDIA

Ela Disse, Ele Disse

A comédia juvenil estrelada por Maísa estreou espremida no calendário cinematográfico, mas quem viu o filme se divertiu e se identificou bastante com a adolescente tímida que muda de escola, conhece o primeiro amor e tem que lidar com a bonitona que parece ser amiga, mas no fundo é “falsiane”. (2019)

 

Alice Junior

O filme conta a história de Alice, uma garota transexual que quer dar o primeiro beijo, ser feliz e viver as experiências da adolescência sem ser rotulada e reprimida. O premiado longa fala sobre a adolescência, suas inquietações, seus sonhos e retrata a escola como um ambiente de ensino indispensável, mas que muitas vezes pode ser opressor. (2019)

 

Os Saláfrarios

Clóvis é um salafrário de marca maior, que acaba de ser descoberto após dar um golpe em um grupo de japoneses e está sendo perseguido pela polícia. Lohane é uma expansiva empreendedora do ramo alimentício que viu seus sonhos desabarem quando a prefeitura rebocou seu trailer de sanduíches por falta de alvará. Agora, os irmãos postiços terão que conviver novamente, e provavelmente são a única salvação da vida um do outro. (2021)

 

Amarração do Amor

Bebel e Lucas só querem um casamento simples, mas as diferenças entre suas famílias fazem parecer difícil. Os pais de Lucas são mãe e pai de santo de um terreiro de Umbanda, e os pais de Bebel, de uma tradicional família judaica. Com ambas as famílias acreditando que sabem o que é melhor para seus filhos, se inicia uma divertida disputa acerca da cerimônia. (2021)

 

45 do Segundo Tempo

Depois de 40 anos separados, Pedro marca um encontro com seus melhores amigos do colégio. O convite para recriar uma foto tirada por eles no dia da inauguração do metrô de São Paulo é, na realidade, um pretexto para avisá-los de que ele pretende se matar, mas não antes de ver seu time ser campeão. (2022)

 

A Sogra Perfeita

Neide está chegando aos 45 anos e é dona do salão de beleza mais “badalado” do bairro. Desde que se separou do marido encostado e colocou dois filhos na faculdade, ela sonha em aproveitar a vida de solteira. Paulo Ricardo é advogado e já saiu de casa, mas o outro, Fábio Junior, não dá nenhum sinal de que vai deixar a casa da mãe. A presença do filho marmanjo é a única coisa que separa Neide da sua tão sonhada liberdade. É aí que ela cria um ambicioso plano: treinar uma funcionária do salão para se tornar a mulher perfeita para seu filho. (2020)

 

Desapega!

Depois de controlar o seu vício em compras, Rita assume a liderança de um grupo de apoio a compradores compulsivos para ajudar outras pessoas a dar a volta por cima. Ela também começa um novo romance com Otávio e parece que nada pode apagar o seu brilho. Mas Duda, sua única filha e melhor amiga, revela que tem planos de sair de casa. Agora, Rita precisa aprender a arte do desapego. (2023)

 

Barraco de Família

Depois de ser cancelada por causa de um vídeo vazado, uma funkeira famosa arma o maior barraco ao tentar voltar às suas origens e precisará da ajuda da mãe para desenrolar sua carreira. (2023)

 

Minha Mãe é Uma Peça (trilogia)

o tema central é a relação de uma mãe com seus filhos. Hermínia é inspirada na mãe de Paulo Gustavo, que sempre aparece nos finais dos filmes, em vídeos gravados pelo ator. Por isso, há tantas piadas com comida, supermercado, sair à noite, namorados…

 

 

ANIMAÇÃO

 

Turma da Mônica: Laços

O tão aguardado live action da turminha mais famosa do Brasil não decepcionou os fãs, trazendo uma historinha fofa com Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali, mostrando como nossos queridos personagens evoluíram com o tempo, mas mantiveram sua essência. ‘Laços’ é um filme que agrada crianças de 8 a 80 anos. (2019)

 

Turma da Mônica: Lições

A continuação do primeiro filme da turminha do bairro do Limoeiro traz mais uma aventura, onde Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão se esquecem de fazer o dever de casa e fogem da escola. Mas nem tudo sai como o esperado, e os pais de Mônica decidem mudá-la de colégio. Mesmo fazendo novos amigos, a turminha sente saudade de estar sempre junta. Cebolinha então resolve bolar um plano infalível com Magali e Cascão para trazer a dona da rua de volta, mesmo que para isso precise recuperar o coelhinho Sansão para a amiga. (2021)

 

Pluft: O Fantasminha

Mais um dos melhores filmes nacionais voltados para o público infantil. Em Pluft: O Fantasminha, acompanhamos a história do fantasma de mesmo nome e sua amiga Maribel. O mundo do camarada do outro mundo virar de cabeça para baixo quando Maribel é sequestrada pelo pirata Perna de Pau. Para salvá-la, o protagonista deve passar por altas aventuras até concluir o seu objetivo – e, claro, com muitas confusões ao longo dessa jornada. (2022)

 

 

DOCUMENTÁRIO

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Bloqueio

Bloqueio tenta entender as demandas dos caminhoneiros na época da paralisação que impactou o país. Humaniza os personagens com pequenas passagens com as famílias e até expressando a fé, além de atividades cotidianas. Os diretores dão voz aos caminhoneiros e apontam, usando quase que somente a fala dos grevistas, as contradições – em especial a questão militar. Causando até um humor involuntário. (2018)

 

Torre das Donzelas

Depoimentos de mulheres presas na época da ditadura, incluindo a ex-presidente Dilma Rousseff. O documentário se apoia em uma forte humanidade com conversas sobre coisas cotidianas até as descrições das torturas. A trilha é presente de forma quase constante, mas sem ser intrusiva, fazendo o papel devido de pano de fundo emocional. Há ainda pitadas de humor, por vezes brotando do drama mais dramático, que surgem de forma surpreendente. (2018)

 

Indianara

Vegana, anticapitalista e puta, como se define Indianara, militando pela sobrevivência das pessoas LGBTQIAP+. No filme, prestes a completar 50 anos, cansada dos embates e às vésperas de se casar, ela ensaia abandonar a política das ruas. Mas, diante da perda da companheira de luta, Marielle Franco, e do avanço do totalitarismo no Brasil, ela arranca forças para partir para um último ato de resistência. Premiado como melhor filme no Festival de Cerbère, na França; no Festival Visionär, na Alemanha; e no Festival Fire, na Espanha, foi apresentado em quase 200 países pela plataforma MUBI e aparece como o segundo brasileiro mais bem avaliado, atrás apenas de Cidade de Deus. (2019)

 

AmarElo – É Tudo Pra Ontem

Produzido pelo cantor Emicida, o documentário que estreou em Dezembro na Netflix, rapidamente alcançou o posto de favoritos do ano na lista de muita gente. O filme ultrapassa a música e faz um retrato da importância da cultura preta para a formação do Brasil.

 

Chacrinha: Eu Vim Para Confundir e Não Para Explicar

O legado de Chacrinha na TV e trechos de sua vida pessoal são revelados através de depoimentos e imagens de arquivo, que contam a história por trás das câmeras, os bastidores que consolidaram uma nova forma de comunicar o Brasil, e as facetas de um homem que é um dos personagens contemporâneos mais interessantes do cenário cultural nacional. (2021)

 

Chão

Documentário fala sobre protestos realizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na tentativa de pressionar o governo a aprovar uma reforma agrária que redistribuirá o território de uma usina prestes a falir. (2019)

 

A Última Floresta

O belíssimo filme indígena, traz um retrato acurado da vida do povo Yanomami, ao norte do país, suas lutas contra o garimpo ilegal e também suas inspirações nos espíritos ancestrais, que orientam a aldeia nos desafios cotidianos. (2021)

 

Cidade de Deus: 10 anos depois

Este documentário resgata os dez anos passados desde o lançamento de Cidade de Deus (2002). A produção mostra as transformações vividas pelos atores do longa na última década. Alguns dos atores, como Seu Jorge, Alice Braga e Leandro Firmino da Hora, deram entrevistas.

 

João de Deus – Cura e Crime

A produção traz a história do médium João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus. O líder religioso era idolatrado e conhecido internacionalmente por promover “cura”. Mas sobreviventes do “tratamento” começaram a relatar seus abusos.

 

Racionais – Das ruas de São Paulo Pro Mundo

Com seus protestos em forma de música, o lendário grupo de rap Racionais MC’s transformou a poesia de rua em um movimento poderoso no Brasil e no mundo.

 

 

DRAMA

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O Barco

Vencedor de quatro prêmios na 28ª edição do Festival Cine Ceará, entre eles, melhor filme pelo júri Olhar Universitário. No filme, Esmerina, é mãe de 26 filhos, cada um chamado por uma letra do alfabeto. A família leva uma vida pacata em uma vila de pescadores até que um barco naufraga trazendo Ana, uma misteriosa mulher que vai mudar a rotina da família. (2018)

 

A Torre

André é um homem recém separado, passando por uma crise de masculinidade, isolado na floresta. A força da natureza atua sobre seu corpo e entre sonhos e insônias surge um jovem sedutor de seu passado. Ele terá que enfrentar suas sombras para seguir adiante. Em seu destino está A Torre, carta do tarô que profetiza mudanças profundas a partir de uma queda abrupta e radical. (2019)

 

Bacurau

É claro que o melhor filme nacional do ano de 2019 é ‘Bacurau’, que levou quase um milhão de espectadores aos cinemas para torcer pela população de uma cidadezinha que corria o risco de ser apagada pelo mapa. ‘Bacurau’ foi uma das maiores bilheterias nacionais do ano, se tornou o queridinho de muita gente e ocupou lugar especial no coração dos brasileiros, mesmo não sendo o representante do país na corrida pelo Oscar. (2019)

 

Fim de Festa

Se inspirou num caso real para apresentar as mudanças que ocorrem no Brasil de hoje. Na trama, o carnaval chegou ao fim. Uma jovem francesa foi brutalmente assassinada na cidade de Recife, PE. O policial Breno volta antecipadamente de suas férias para investigar o crime, surpreendendo seu filho com três amigos hospedados em sua casa. Enquanto procura por pistas, a cidade desenterra traumas do passado de Breno e revela um estranho universo de lugares e memórias. (2019)

 

Sertânia

Uma filmografia de um mergulho profundo sobre a vida e os costumes do sertanejo, dando voz a um povo que vive sob o sol da miséria, da violência, das relações políticas e da busca por dias melhores. O protagonista é Antão, um homem que nasceu em Canudos e que, após a vida familiar marcada por perdas e pela saída do Nordeste para São Paulo, se vê parte do bando de jagunços de Jesuíno Mourão. A trama explora as relações de poder no interior nordestino, as dores familiares que atormentam a vida do protagonista, a luta pela sobrevivência e os rostos que habitam esse sertão pobre e violento. (2020)

 

M-8: Quando a Morte Socorre a Vida

Uma linha narrativa voltada no protagonista Mauricio, único estudante preto num curso de Medicina e que vive um embate por perceber que os corpos utilizados para pesquisa e teste na faculdade são corpos pretos como ele. (2019)

 

Aos Olhos de Ernesto

Ernesto, um fotógrafo uruguaio que vive sua velhice na Porto Alegre que o adotou, é atravessado pela jovial Bia, adolescente com uma série de sonhos interditados e impossibilidades para sair de um aparente lamaçal inescapável. Ele, com sua experiência e capacidade enorme de empatia e compreensão, vai doar-se em medidas para que a jovem possa se equilibrar. Ela, por sua vez, vai injetar vivacidade no cotidiano desse homem acabrunhado, já vivendo o que parece ser os finalmente de uma existência. Se trata de um diálogo belíssimo entre prismas potencialmente conflitantes, mas que aqui encontram um jeito, a despeito das diferenças, de ajudarem-se. (2019)

 

Marighella

O filme que restaurou a fé do espectador brasileiro no cinema nacional. Exibido pela primeira vez no Festival de Berlim de 2019, na Alemanha, teve seu lançamento comercial no Brasil anunciado – e posteriormente cancelado – diversas vezes ao longo destes três anos. Acusações de censura por parte do governo federal, dificuldades de acesso às plataformas de exibição e a pandemia provocada pelo Covid-19 tornaram o cenário ainda mais instável. Por mais de um momento, pensou-se que talvez o longa de estreia de Wagner Moura atrás das câmeras nunca chegaria a ganhar a luz do dia. Felizmente, tal prognóstico revelou-se equivocado, e o longa não apenas estreou, como também foi recebido com entusiasmo pelo público, que lotou salas, mais de uma vez possibilitando registros de sessões inteiras oferecendo aplausos comoventes ao término das projeções. A respeito, o crítico Marcelo Müller apontou que esta é uma obra que “abre estratégicos espaços à identificação das divergências entre os revolucionários tratados pela imprensa conivente como bárbaros terroristas. (2021)

 

Um Crime Em Comum

Cecília acorda de madrugada ao som de batidas na porta de sua casa. Alguém está tentando entrar à força. Ela vê que é Kevin, filho da faxineira que trabalha em sua casa. Ele está sangrando. Assustada, ela não abre a porta. No dia seguinte, ela descobre que o garoto foi assassinado pela polícia. (2020)

 

Predestinado

Através do espírito de Dr. Fritz, médico alemão falecido durante a Primeira Guerra Mundial, José Arigó se tornou uma esperança de cura para milhões de pessoas ao redor do mundo. Ele foi alvo de críticas por parte dos mais céticos, mas com o apoio de sua esposa, conseguiu salvar inúmeras vidas por intermédio da cirurgia espiritual. (2022)

 

Eduardo e Mônica

O romance entre uma estudante de medicina e um adolescente ainda no colegial pode dar certo? Adaptado da canção homônima de Renato Russo. Alice Braga e Gabriel Leone, dão vida ao casal que tem que superar as diferenças para viver um grande amor na Brasília dos anos 1980. (2020)

 

Medida Provisória

Aqui estamos no campo da distopia. Aliás, é sintomático o destaque nesta lista de melhores do ano de dois exemplares brasileiros que imaginem um futuro pouco auspicioso que se comunica em níveis muito próximos com o nosso presente angustiante que está prestes a se transformar em passado. Lázaro Ramos estreia no comando de longas-metragens ficcionais com uma trama marcada por um governo autoritário que cria uma lei para deportar compulsoriamente a população negra do Brasil para os países africanos de onde saíram seus antepassados. Um filme que assume os signos da luta e da resistência, inclusive na briga de bastidores contra um claro boicote institucional que ameaçou o seu lançamento comercial. (2020)

 

Deserto Particular

Daniel é um policial exemplar, mas acaba cometendo um erro que coloca em risco sua carreira e sua honra. Quando nada mais parece o prender a Curitiba, ele parte em busca de Sara, uma mulher com quem se relaciona virtualmente. (2021)

 

7 Prisioneiros

Em busca de uma vida melhor, Mateus, um rapaz humilde de uma cidade pequena, e outros jovens aceitam trabalhar em um ferro velho em São Paulo. Porém, todos logo percebem que foram enganados e caíram em uma rede de trabalho escravo. Olhando para esse cenário, Mateus decide se unir ao seu captor e se tornar seu braço direito, mesmo sofrendo com grandes conflitos morais. (2021)

 

Carvão

No interior do Brasil, uma família que se esforça para cuidar de seu patriarca te sua vida mudada quando uma enfermeira oferece um acordo diabólico: colocar o mais velho da família para descansar e hospedar um traficante argentino que precisa urgentemente de um lugar para se esconder. (2022)

 

Paloma

Paloma é uma mulher trans que está decidida a realizar seu maior sonho: um casamento tradicional, na igreja, com seu namorado Zé. Ela trabalha duro como agricultora em uma plantação de mamão e está economizando para pagar a festa. A recusa do padre em aceitar seu pedido obriga Paloma a enfrentar a sociedade rural. Ela sofre violência, traição, preconceito e injustiça, mas nada abala sua fé. (2022)

 

Segundo Tempo

Ana e Carl, dois jovens irmãos que nunca se deram bem, tentam encontrar seu lugar no mundo depois de sofrer uma grande perda familiar. Os dois tentam encontrar, no Brasil e na Alemanha, seus próprios caminhos e identidades, atravessando a história de sua família e do século XX. (2023)

 

 

TERROR

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Disforia

Exibido na mostra de longas-metragens gaúchos da 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado, teve sua carreira interrompida por conta da pandemia. Na trama, Dário, sofre pela dificuldade em se recuperar de um acontecimento assustador de seu passado. Ao se aproximar da menina Sofia, as emoções e a culpa tomam conta de sua vida, a partir das sensações estranhas e perturbadoras que a menina causa nas pessoas ao seu redor. Atormentado, ele precisa encarar o passado e o mistério envolvendo a família de Sofia. (2019)

 

Morto Não Fala

Stênio é plantonista noturno no necrotério de uma grande e violenta cidade. Em suas madrugadas de trabalho, ele nunca está só, já que possui um dom paranormal de comunicação com os mortos. Quando as confidências que ouve do além revelam segredos de sua própria vida, Stênio desencadeia uma maldição que traz perigo e morte para perto de si e de sua família. (2018)

 

A Nuvem Rosa

É um thriller de ficção científica brasileiro, aonde Giovana e Yago ficam presos num apartamento logo depois de ser conhecerem. Eles precisam conviver como um casal enquanto esperam a dissipação de uma misteriosa novem rosa que pode ser mortal. (2021)

 

Terapia do Medo

Clara e Fernanda são irmãs gêmeas idênticas e uma dupla de campeãs de vôlei de praia. Durante uma sessão de hipnose, Clara tem visões de um misterioso menino. Após um trágico acidente no qual morre seu namorado, ela entra em profunda catatonia. (2020)

 

A Gruta

Um rapaz se torna o único sobrevivente após grave acidente em uma gruta interditada. No local, foram encontrados quatro corpos, e a perícia indica que este mesmo homem assassinou brutalmente seus amigos, a esposa e a guia de turismo. (2020)

 

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